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DEPOIMENTO

Cid reclamou com delegado da PF sobre vazamento de delação: "Não falo nem em casa"

Tenente-coronel afirmou ao delegado que boa parte do que itnha dito aos investigadores já tinha sido vazado para a imprensa

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, reclamou em depoimento realizado na Polícia Federal em 19 de novembro do ano ado sobre o vazamento de informações sobre sua delação premiada.

Cid demonstrou irritação após ser perguntado pelo delegado Fábio Schor sobre se ele foi procurado por investigados em busca de informações sobre sua colaboração.

— Todo mundo quer saber, perguntar, quer falar, mas os investigados diretamente não. Até porque eu não falei nenhum militar diretamente. Porque vazaram tudo na imprensa. Não tem nada do que eu falei que não vazou na imprensa. Até minha família fica preocupada com segurança, nem lá em casa eu falo. Tudo que eu falei vazou na imprensa — afirmou.

A Polícia Federal apreendeu na sede do Partido Liberal (PL) um documento com uma série de perguntas sobre a delação de Mauro Cid, sobretudo sobre a possível participação do general Walter Braga Netto.

A Polícia Federal (PF) afirma no relatório final da investigação sobre a trama golpista que o ex-ministro Walter Braga Netto tentou conseguir "informações sobre o acordo de colaboração" do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

De acordo com a PF, essa tentativa ocorreu por meio dos pais de Mauro Cid.

No depoimento prestado ao delegado, Cid afirmou que boa parte do que tinha afirmado em sua colaboração já estava presente na imprensa.

— Tá lá, Mauro Cid citou general Mário, Mauro Cid delatou Filipe Martins, Mauro Cid diz que o presidente falou em minuta de golpe, toda delação já está...Não, até porque já está tudo na mídia — afirmou.

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