Defesa de Braga Netto tenta adiar início de interrogatórios no STF de réus da trama golpista
Advogados de ex-ministro querem ouvir testemunhas de outros núcleos e analisar documentos
Os advogados do ex-ministro Walter Braga Netto solicitaram ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal ( STF), a suspensão do interrogatório dos réus da ação penal da trama golpista, marcado para começar na próxima semana. A defesa de Braga Netto quer que isso só ocorra após os depoimentos de testemunhas de outros núcleos da investigação e também do o completo a todas as provas levantadas.
Braga Netto é réu, ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outras seis pessoas, na ação penal que analisa uma suposta tentativa de golpe de Estado. Na segunda-feira, fora encerradas as audiências com as testemunhas indicadas por acusação e defesa, e Moraes marcou o interrogatório dos réus, próximo o no andamento do processo.
Os advogados do ex-ministro, contudo, querem que o interrogatório só ocorra após as audiências das testemunhas dos outros núcleos da trama golpista.
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O STF já aceitou a denúncia contra outros três núcleos, com 25 pessoas no total. Entretanto, a ação penal contra essas pessoas ainda não foi aberta e não há previsão de quando as testemunhas irão falar.
A defesa de Braga Netto ainda alega a necessidade de analisar dois conjuntos de provas. Um deles são documentos relacionados à delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid que não teriam sido disponibilizado. Por ser colaborador, Cid será o primeiro dos réus a ser interrogado, na sexta-feira.
Os advogados ainda afirmam que não tiveram tempo hábil para analisar outros documentos da investigação que foram disponibilizados para as defesas. Por isso, pedem um "prazo razoável" para essa análise.