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Brasília

"Janja é fim de linha", dispara Bia Kicis, em entrevista ao podcast "Direto de Brásília"

Deputada federal não economizou nas críticas quando o assunto é a atuação da primeira-dama

A deputada federal Bia Kicis (PL-DF) não economiza nas críticas quando o assunto é a atuação da primeira-dama Janja da Silva. Em entrevista ao podcast Direto de Brasília, ancorado pelo jornalista Magno Martins, a parlamentar disparou contra a esposa do presidente Lula (PT). “Ela submete o Brasil a uma situação vexatória. Janja é fim de linha”, disparou.

“Ela atrapalha, e muito (o governo). Da mesma forma que falávamos que o Brasil não merecia a Dilma presidente, ocorre com a Janja. Ela é uma pessoa sem noção, não tem o mínimo respeito pelo povo, acha que tem o direito de gastar o dinheiro do contribuinte como se fosse ministra. E o Lula fica dando esse poder a ela, como um velho babão e deslumbrado. E só dá vexames internacionais, como no episódio em que ela xingou o Elon Musk e agora na interferência junto ao presidente da China”, atacou.

Kicis afirmou que chegou a representar contra os gastos da primeira-dama na Procuradoria-Geral da República (PGR), mas ouviu que o órgão não poderia atuar, já que Janja não possui cargo público. “É o fim da picada, já que ela não tem cargo, mas usa verba pública. Acho que, quando o Lula estava na cadeia e ela se prestou ao papel de visitá-lo, agora ele está recompensando ela. Mas não pode ser às custas do pagador brasileiro de impostos”, completou ela.

Indagada sobre a possibilidade de o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atualmente inelegível, conseguir disputar o cargo novamente, Bia Kicis disse que “acredita em milagres”. Ela evitou apontar quem seria o eventual nome da direita, caso Bolsonaro não possa concorrer.

“A gente espera que aconteça uma reviravolta. O cenário está mudando um pouco. Se o candidato não for Jair Bolsonaro, será alguém que ele apontar. Temos alguns nomes que se mostram viáveis, mas fica difícil apontar alguém sem as bênçãos do presidente”, reconheceu a deputada. “É uma possibilidade (adiar a decisão). Ele não vai fazer nada sem estar muito certo. Vamos esperar o tempo certo para entender o que vai acontecer. Sei que Bolsonaro vai indicar e esse será o nome. Mas meu coração está com ele, ainda espero que ele seja o candidato”, afirmou.

A liberal aguarda, para este mês, a possível instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (MI) para apurar as fraudes do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Ela revelou uma sinalização positiva do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que poderá ser materializada na próxima sessão conjunta do Congresso, prevista para 17 de junho.

“O escândalo do INSS deixou o Mensalão no chinelo. Falamos na casa dos bilhões de reais. Temos que trabalhar de forma dura e organizada para não deixar impune quem quer que sejam os responsáveis por roubar aposentados e pensionistas. A MI vai sair, o senador Davi Alcolumbre disse que vai instalar, a princípio, na próxima reunião, em 17 de junho. Vamos brigar pelo povo”, afirmou Kicis.

Apesar de as primeiras denúncias sobre as irregularidades no órgão federal datarem de 2016, a parlamentar isentou o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de relação com os desvios e jogou no colo do presidente Lula (PT) a ampliação das fraudes. Ela ainda acusou a atual base governista de trabalhar para atrapalhar a coleta de s para a instalação da MI.

“No governo Bolsonaro foi feita uma medida provisória para atrapalhar e coibir a fraude, para punir e evitar. E depois os partidos de esquerda, o PT e seus puxadinhos, conseguiram remover o dispositivo legal que impedia essa punição. A gente sabe que sempre tem um bandido que sai na frente, e o operador da lei tem que ir atrás. Nesse caso, o presidente Bolsonaro fez de tudo para coibir. Criamos uma lei para proibir, mas aí veio a esquerda e derrubou”, disparou Kicis. “Na época, os discursos da esquerda eram inflamados, que queríamos prejudicar os sindicatos, e hoje fica provado que as pessoas que nos acusavam naquele tempo hoje não assinam a MI”, ironizou.

Ela ainda defendeu a correligionária Carla Zambelli (PL-SP), que foi condenada a 10 anos de prisão pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) pela invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Zambelli anunciou que viajou para os Estados Unidos, depois seguirá para a Itália e que não pretende retornar ao Brasil, devendo se licenciar do mandato.

“A Carla e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) são perseguidos políticos. Infelizmente, hoje não podemos dizer que vivemos em uma democracia. Vivemos numa ditadura da toga. Desde as últimas eleições, percebemos que os apoiadores de Bolsonaro eram massacrados, tínhamos nossas redes sociais suspensas, diziam que estávamos fazendo fake news. Apenas porque o que fazíamos e falávamos eram verdades inconvenientes para eles. A gente não falava mentira, falava verdade e fomos perseguidos. É revoltante ver uma deputada federal das mais votadas do País ter uma condenação baseada em fuxico de hacker que fez uma delação sem comprovação”, concluiu Kicis.

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