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BRASIL

Trama golpista: ex-comandante do Exército demitido por Lula é ouvido nesta quinta (22) no STF

Júlio Cesar de Arruda foi indicado como testemunha de defesa de Mauro Cid

O ex-comandante do Exército Júlio Cesar de Arruda deve ser ouvido nesta quinta-feira em audiência no Supremo Tribunal Federal ( STF). Arruda foi indicado como testemunha de defesa do tenente-coronel Mauro Cid na ação penal que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado.

O general da reserva foi o primeiro comandante do Exército do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas foi demitido após 21 dias de governo. Um dos motivos para a exoneração foi a resistência em revogar a indicação de Cid para comandar o 1º Batalhão de Ações e Comandos, em Goiânia, uma unidade de elite do Exército. A nomeação foi revista pelo seu sucessor e atual comandante, Tomás Paiva.

 

Ao STF, Arruda também poderá falar sobre a atuação do Exército antes e durante os atos golpistas do 8 de janeiro. Arruda foi criticado dentro do governo federal por ter sido contrário à retirada do acampamento montado em frente ao Quartel General do Exército e também por ter impedido a prisão imediata dos participantes após os atos.

O ex-comandante também foi indicado como testemunha pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu na mesma ação penal.

As testemunhas de defesa de Cid serão as primeiras a serem ouvidas por ele ter fechado um acordo de delação premiada. Também está previsto para esta quinta-feira o depoimento de outras sete pessoas, todas militares.

As audiências foram iniciadas, na segunda e na quarta-feira, com as testemunhas da acusação, indicadas pela Procuradoria-Geral da República ( PGR). Falaram ao STF, entre outros, os ex-comandantes Carlos de Almeida Baptista Júnior (Aeronáutica) e Marco Antônio Freire Gomes (Exército), que confirmaram que Bolsonaro discutiu com eles medidas que poderiam reverter o resultado das eleições.

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