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FUGA

Zambelli ou por Argentina e EUA após deixar o Brasil, indica investigação

Zambelli afirmou que deixou o Brasil e está na Europa nesta terça-feira, em entrevista à Rádio Auriverde

Investigadores que acompanham o caso da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) trabalham com a hipótese de que ela deixou o país por uma rota terrestre que incluiu a cidade de Foz do Iguaçu, no Paraná, e a fronteira com a Argentina.

Segundo apurações preliminares, Zambelli teria atravessado a divisa até a cidade de Puerto Iguazú, a apenas 16 quilômetros do centro de Foz do Iguaçu, antes de seguir rumo a Ezeiza, na província de Buenos Aires. De lá, embarcou com destino aos Estados Unidos.

Zambelli afirmou que deixou o Brasil e está na Europa nesta terça-feira, em entrevista à Rádio Auriverde. Segundo a parlamentar, sua saída do país ocorreu inicialmente para tratar um problema de saúde. No entanto, ela também alegou estar sendo alvo de "perseguição judicial", após ter sido condenada.

O Globo apurou que Procuradoria-Geral da República (PGR) deve pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira, a prisão preventiva da deputada federal. Após a manifestação da PGR, caberá ao STF decidir sobre a prisão.

O advogado de Zambelli, Daniel Bialski, confirmou que foi informado da viagem, e disse que ela deixou o país “para dar continuidade a um tratamento de saúde”. Ele disse que, "por motivo de foro íntimo", deixou a defesa da deputada.

Apesar de ter tido o aporte apreendido em 2023, o documento foi posteriormente devolvido pelo STF.

Zambelli deixou o país antes da conclusão do julgamento de todos os recursos contra sua condenação, que pode resultar em prisão e na perda do mandato parlamentar. A sentença foi motivada por seu envolvimento em invasões ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), Zambelli e o hacker Walter Delgatti foram responsáveis por elaborar e inserir diversos documentos falsos no sistema do CNJ.

Entre eles, um mandado de prisão forjado contra o ministro Alexandre de Moraes, redigido como se tivesse sido assinado pelo próprio magistrado. O documento foi incluído no Banco Nacional de Mandados de Prisão, vinculado ao CNJ.

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